Avançar para o conteúdo principal

Eclipse : Europa já saiu


Um dos problemas que tinha no eclipse até ao ano passado era a instalação de "plugins".

Não existia coordenação entre grande parte deles e muitas vezes existiam dependências de versões. Era difícil de gerir e cheguei a ter várias instalações, cada uma com plugin(s) diferentes.

No ano passado tudo ficou mais fácil quando lançaram a versão chamada "callisto". Este projecto coordenou alguns dos "plugins" mais importantes por forma a que as novas versões estivessem prontas sensivelmente ao mesmo tempo e fossem compatíveis.

O Europa, que ficou hoje disponível, é também (como o callisto) uma nova versão com sincronização e compatibilidade de versões de um conjunto de plugins.
Dele fazem parte vinte e um dos projectos de "plugin" mais importantes.
Existem downloads diversos consoante o tipo de desenvolvimento : java normal; java enterprise; java rich client; C, C++ ou genéricos com configuração à medida.

Esta abordagem não é inédita no mundo das TI(s). Já as versões das distribuições de Unix, windows ou Linux mais não que um conjunto de versões de programas testadas e organizadas de forma funcional e coerente. Quem por exemplo trabalha com o debian sabe que cada versão estável tem um nome das personagens do filme toy story e que esse nome corresponde a um conjunto de versões de programas que funcionam.

A própria IBM (que lidera o eclipse) tem esta abordagem no Rational Applicational Developer. A ideia original era as versões do RAD serem uma espécie de boa organização das versões do eclipse e "pluggins" acrescidas de funcionalidades "em código fechado".

O que se passou entretanto é que a própria comunidade (na qual também se incluem alguns fabricantes como a Borland) achou que este processo de coordenação teria também de acontecer com os plugins "em código aberto".

Foi uma boa aposta. É uma mais valia para os utilizadores e para os parceiros, e, consequentemente para o projecto.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

[Off-topic] "Novas" tendências de gestão

Afinal as novas tendências de gestão não são de agora. E as suas consequências também já são conhecidas há muito. Vejam esta carta do Senhor Vauban , Engenheiro Militar e Marechal de França, dirigida ao Senhor Losvois, Ministro da Guerra de Luís XIV, datada de 17 de Julho de 1683. "Monsenhor: ... Há alguns trabalhos nos últimos anos que não acabaram e não acabarão nunca, e tudo isso, Monsenhor, porque a confusão que causam as frequentes baixas de preços que surgem nas suas obras só servem para atrair como empreiteiros os miseráveis, malandros ou ignorantes e afugentar aqueles que são capazes de conduzir uma empresa. Digo mais, deste modo eles só atrasam e encarecem as obras consideravelmente porque essas baixas de preços e economias tão procuradas são imaginárias, dado que um empreiteiro que perde, faz o mesmo que um náufrago que se afoga, agarra-se a tudo o que pode; e agarrar-se a tudo, no ofício de empreiteiro, é não pagar aos fornecedores, pagar baixos salários, ter os piores

Conferência Europeia da Comunidade Alfresco

Já foi há quase quinze dias, mas julgo que ainda será relevante abordar a Conferência Europeia da Comunidade Alfresco, que decorreu em Barcelona no dia 22 de Abril. Com uma audiência de mais de 200 pessoas (a sala reservada estava cheia) vindas de vários pontos da Europa, este evento serviu para que muita gente desta comunidade se encontrasse pela primeira vez face a face. A Alfresco Inc. é uma empresa recente, que apostou em criar uma solução de gestão documental de topo de gama usando o modelo open-source . Considerando que a empresa, no seu terceiro ano de actividade, já atingiu o break-even , parece ter sido uma boa aposta. No arranque da conferência esteve John Powell, CEO da empresa, que falou um bocado sobre a excelente evolução da empresa e abordou a "guerra" entre o modelo de negócios proprietário e o modelo de código aberto. Exemplificou este conflito com o Microsoft SharePoint, que ele designou como "a morte da escolha", justificando o epíteto pelo facto

O que é uma POOL ?

Tenho andado a fazer implementações de mecanismos de pooling em Java 2 Enterprise Edition. Como me parece um conceito algo lato tentei a abordagem do dicionário. Alguns mostram que de facto a palavra é usada para muita coisa. A definição mais comum é "piscina". A que mais me agradou foi o que descobri na wikipedia , onde pooling é apresentada como uma técnica para guardar qualquer coisa que já não é necessária em determinado sitio (a que se chama pool ) com o objectivo de a usar quando necessário optimizando assim a utilização de recursos disponíveis. Partindo para a computação, existem vários tipos de pools: Thread Pool - Conjunto de threads livres que se vão adicionando a um fifo quando não necessárias e retirando quando se quiserem usar. Memory Pool - Conjunto de blocos de memória, todos da mesma dimensão, que se alocam inicialmente e usam à medida que necessário garantindo que o tempo de alocação de memória é constante e a fragmentação minima. Connect